Na quinta-feira, 22 de abril de 2010, fizemos uma caminhada histórica pelo centro de Pelotas. Um passeio silencioso, mas que promoveu um “barulho” intenso da nossa luta: a luta das Mães contra o Crack, criada em outubro do ano passado pela Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Segurança da Câmara de Vereadores de Pelotas. Um dia depois, começamos nossa aventura também pelo mundo virtual, com o blog maescontraocrackpelotas.blogspot.com.
Está é uma guerra que muitas vezes parecerá não ter fim. Entretanto, estamos prontas para cada batalha. E no fim comemoraremos a vitória das mães, da sociedade ante a epidemia do crack.
Não se tem um dado preciso de quantos são os viciados em crack na cidade de Pelotas. Um número não-oficial aponta para mais de 10 mil acorrentados ao vício da pedra. E a corrente se tornou o símbolo da nossa luta. As mães também ficam acorrentadas ao vício de seus filhos. Famílias são decepadas. Jovens têm seu futuro arrasado ou até aniquilado. É um drama que atinge todas as classes sociais. Por isso, a última atividade do grupo Mães contra o Crack parou o calçadão e o centro histórico de Pelotas. Foi dramático e emocionante. O caminhar silencioso, apenas quebrado pelo barulho das correntes, chocou os cidadãos.
Agora precisamos que o Poder Público também fique atônito. Não temos um segundo a mais para esperar. Os jovens estão tendo suas vidas castradas pelo vício na pedra maldita e, evidentemente, por traficantes. Por isso a luta das Mães contra o Crack é por tratamento. Essa é a urgência. É preciso que o Governo Municipal tenha políticas públicas efetivas para o tratamento dos viciados. É fundamental criar alternativas. Evidentemente, pensar em ações de prevenção e pós-tratamento é imprescindível.
A luta das Mães contra o Crack continua. Independente do espaço – real ou virtual – estaremos presentes com a bandeira por tratamento erguida. Rezemos para não perder combatentes durante a guerra, apesar de saber que em toda batalha existe baixas. Porém, uma mãe jamais abandona o filho. Ela segue em frente, mesmo quando o choro engasgado na garganta escorre pelo rosto. É a emoção que naufragou por saber que os filhos das Mães contra o Crack não são o que eles se transformaram hoje. Eles já as encheram de orgulho e hoje precisam de socorro.
Com a voz embargada, com a emoção marejando meus olhos, encerro este texto. Não vamos desistir por nem um momento. Continuaremos com a nossa guerra contra o Crack. Unidas, venceremos a epidemia. Junte-se a nós.
Um fraterno abraço,
Vereadora Miriam Marroni
Presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Segurança da Câmara de Vereadores de Pelotas
Está é uma guerra que muitas vezes parecerá não ter fim. Entretanto, estamos prontas para cada batalha. E no fim comemoraremos a vitória das mães, da sociedade ante a epidemia do crack.
Não se tem um dado preciso de quantos são os viciados em crack na cidade de Pelotas. Um número não-oficial aponta para mais de 10 mil acorrentados ao vício da pedra. E a corrente se tornou o símbolo da nossa luta. As mães também ficam acorrentadas ao vício de seus filhos. Famílias são decepadas. Jovens têm seu futuro arrasado ou até aniquilado. É um drama que atinge todas as classes sociais. Por isso, a última atividade do grupo Mães contra o Crack parou o calçadão e o centro histórico de Pelotas. Foi dramático e emocionante. O caminhar silencioso, apenas quebrado pelo barulho das correntes, chocou os cidadãos.
Agora precisamos que o Poder Público também fique atônito. Não temos um segundo a mais para esperar. Os jovens estão tendo suas vidas castradas pelo vício na pedra maldita e, evidentemente, por traficantes. Por isso a luta das Mães contra o Crack é por tratamento. Essa é a urgência. É preciso que o Governo Municipal tenha políticas públicas efetivas para o tratamento dos viciados. É fundamental criar alternativas. Evidentemente, pensar em ações de prevenção e pós-tratamento é imprescindível.
A luta das Mães contra o Crack continua. Independente do espaço – real ou virtual – estaremos presentes com a bandeira por tratamento erguida. Rezemos para não perder combatentes durante a guerra, apesar de saber que em toda batalha existe baixas. Porém, uma mãe jamais abandona o filho. Ela segue em frente, mesmo quando o choro engasgado na garganta escorre pelo rosto. É a emoção que naufragou por saber que os filhos das Mães contra o Crack não são o que eles se transformaram hoje. Eles já as encheram de orgulho e hoje precisam de socorro.
Com a voz embargada, com a emoção marejando meus olhos, encerro este texto. Não vamos desistir por nem um momento. Continuaremos com a nossa guerra contra o Crack. Unidas, venceremos a epidemia. Junte-se a nós.
Um fraterno abraço,
Vereadora Miriam Marroni
Presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Segurança da Câmara de Vereadores de Pelotas
Tomei conhecimento desse movimento através de matéria jornalística na televisão, hoje, na Band. Achei muito bom e altamente relevante esse movimento de vocês, mães, mulheres, pessoas que mais lutam pela família. Desejo em primeiro lugar dar parabéns pela coragem, força e missão social e humanitária de vocês. Merecem o maior respeito de toda a sociedade brasileira e devem ser imitadas em seu movimento que, afinal, é em defesa dos direitos humanos. Devido a distância, proponho apoiar como puder, como por exemplo através da escrita de textos. Gostaria muito que na região onde vivo esse tipo de movimento existisse também.
ResponderExcluirDenise M. Souza - Rio de Janeiro