sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Novos leitos para dependentes químicos em três municípios da região



Acorrentar não pode mais ser a solução, mas sim leitos para tratamento
 A população de 14 municípios do Rio Grande do Sul poderá contar com mais 73 leitos para tratamento de usuários de álcool e drogas, especialmente crack. Nesta sexta-feira (24), o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame, assinou, em Porto Alegre, portaria que autoriza a habilitação dos novos leitos, cujo investimento do governo federal é de R$ 2,9 milhões.

A medida faz parte do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, uma iniciativa interministerial sobre a coordenação da Secretaria Nacional sobre Drogas (Senad) da Presidência da República. "Sabemos que as drogas, especialmente o crack, não estão restritas aos grandes centros urbanos. Por isso, com essa medida, o ministério quer expandir os serviços para atendimento de usuários de drogas e álcool também no interior do estado, oferecendo a possibilidade de tratamento", disse o secretário.

Com a assinatura da portaria, os municípios já poderão receber os recursos do governo federal para custeio dos leitos. A medida beneficia as cidades de Bagé, Bom Jesus, Cacequi, Camaquã, Cambará do Sul, Feliz, Jaboticaba, Santana do Livramento, Novo Hamburgo, Pedro Osório, São Francisco de Paula, São Leopoldo, Santo Antônio da Patrulha e Taquara.

Leitos
Os novos leitos serão destinados ao tratamento de dependentes químicos em crise. Com a habilitação de novos serviços hospitalares de referência para usuários de crack e outras drogas, o Ministério da Saúde aumenta, no país e no Rio Grande do Sul, a rede de cuidados em saúde mental.

Essa rede deve ser formada pelos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas, que funcionam 24 horas, e com o reforço de profissionais que atuam nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasfs). O Ministério da Saúde também prevê recursos para a capacitação de profissionais que trabalham na assistência a usuários de álcool e drogas.

O Rio Grande do Sul conta com 991 leitos em hospitais gerais, de gestão municipal e estadual, e com 136 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).

Estratégia Nacional
Na segunda, o governo federal anunciou, em Brasília (DF), o lançamento de editais e portarias para que municípios de todo o Brasil possam ser beneficiados com 6.120 leitos, previstos no Plano de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas. Além da oferta de leitos, os serviços de atenção serão ampliados e toda a rede receberá qualificação, com um investimento de R$ 140,9 milhões, provenientes do Ministério da Saúde e da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) da Presidência da República.

As portarias e editais permitirão a habilitação de 2,5 mil leitos em hospitais gerais e 2,5 mil leitos em comunidades terapêuticas, além da criação de 520 vagas nas Casas de Acolhimento Provisório que vão auxiliar na reinserção social dos dependentes.

Outras 520 vagas serão abertas nos Centros de Atenção Psicossocial para álcool e drogas (CAPsAD) com funcionamento 24 horas - serviço que promove o acompanhamento clínico, o tratamento ambulatorial e a internação de curta duração de pessoas com transtornos relacionados ao uso de crack e outras drogas.

Também serão disponibilizados recursos para 225 municípios contratarem profissionais da área de saúde mental para reforçar as equipes dos Núcleos de Atendimento do Saúde da Família (NASF).

Além de ampliada, a rede de atenção integral para usuários de crack e outras drogas vai capacitar os profissionais e equipes das redes públicas de saúde e de assistência social em prevenção, tratamento e reinserção social de usuários de crack e outras drogas. Para que isto ocorra serão criados, em parceria com instituições públicas de ensino superior, 30 Centros Regionais de Referência e 50 Programas de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET).

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Miriam fala sobre a epidemia do Crack na 14ª Semana da Educação do Colégio Assis Brasil

 

A presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Segurança, Miriam Marroni (PT), ministrou a palestra Mães contra o Crack para cerca de duzentos alunos e professores do Curso Normal da Escola Assis Brasil. O evento fez parte da abertura da 14ª Semana de Educação "Criar, renovar, eduacar", iniciado na tarde de quarta-feira (22) e que terminará amanhã.

O público ficou atento a cada orientação da psicóloga. "A juventude é a fase natural em que o homem age pelo impulso do prazer, não tem noção do perigo e quer romper limites. Por isso, é a fase mais propícia para a experimentação das drogas". Miriam destacou que acabam restando apenas dois caminhos para os usuários do crack, uma droga altamente destrutiva e causa dependência imediata: o mundo da contravenção e/ou o cemitério.

Justamente para mudar essa realidade, o movimento luta pela qualificação dos serviços, ampliação de leitos para tratamento dos dependentes químicos, além de políticas públicas para a implantação de programas destinados à ressocialização dessa parcela da comunidade. Os presentes também se emocionaram, ao final da palestra, com os depoimentos das experiências de três integrantes do Mães contra o Crack, Silvia Lima, Elaine Jung e Lis Maria Parsso.



Grupo em expansão
O movimento Mães contra o Crack não para de crescer. Só nos últimos dias, foram cadastradas cinco novas integrantes e feito quatro encaminhamentos com pedidos de internação. O grupo já conta com 98 componentes, entre mães, demais familiares e profissionais da saúde que contribuem com o trabalho coordenado pela vereadora Miriam Marroni.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

ENTREVISTA PARA TV BAIRROS

Miriam Marroni comemora ampliação de recursos do Governo Federal que garantirá 6 mil novos leitos para tratamento de dependentes químicos


 

A vereadora presidente da Comissão de Direitos Humanos e coordenadora do Grupo Mães contra o Crack, Miriam Marroni (PT), comemora a abertura dos editais do Plano de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas do Governo Federal, anunciada na última segunda-feira (20), em Brasília. Lançado em maio, o projeto acena com investimentos de R$ 140 milhões, capazes de permitir a criação de 6 mil leitos, a ampliação dos serviços de atenção e maior qualificação da rede. Mais do que pelos recursos e pelos objetivos, porém, o plano é importante por integrar esforços, somando os da União aos dos estados e dos municípios, além dos empreendidos pela sociedade de maneira geral. Por isso, a eficácia da intenção vai depender da confiança de representantes do poder público nas diferentes instâncias da federação e da sociedade.


Diante da boa notícia, Miriam agendará, para depois das eleições, uma reunião com as integrantes do movimento para anunciar oficialmente esse grande passo e pedir apoio de todas as mães, visto que os avanços esperados vão depender, sobretudo, da pressão por parte da sociedade, afetada diretamente pelo problema, para que os recursos ampliados sejam acessado pelo município. "Esse é o nosso papel, exigir do Poder Executivo a obtenção desses recursos para a criação de mais leitos, qualificação dos serviços e ampliação da rede". Segundo a vereadora, a reunião com as mães contará com palestra de um psicólogo e oficina de artesanato para as mães. No encontro, ainda será informado o andamento de todos os encaminhamentos solicitados, inclusive, das novas integrantes.

Governo Federal investirá R$ 140 milhões e criará 6 mil leitos para tratamento da dependência química

Quatro meses depois de anunciar amplo projeto nacional de combate ao crack, com ênfase desde a repressão ao tráfico até o tratamento de dependentes, o governo federal deu, ontem, mais um passo para transformar as intenções nessa área em realidade. Em Brasília, foram abertos os editais do Plano de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas. A particularidade de o ato ocorrer em meio à campanha eleitoral reforça a importância de a sociedade redobrar a atenção sobre a necessidade de cobrar a concretização de promessas das quais depende, em muito, a solução para o drama das drogas, especialmente do crack.

Lançado em maio, na presença de prefeitos de todo o país, o projeto acena com investimentos de R$ 140 milhões, capazes de permitir a criação de 6 mil leitos, a ampliação dos serviços de atenção e maior qualificação da rede. Mais do que pelos recursos e pelos objetivos, porém, o plano é importante por integrar esforços, somando os da União aos dos estados e dos municípios, além dos empreendidos pela sociedade de maneira geral. Por isso, a eficácia da intenção vai depender da confiança de representantes do poder público nas diferentes instâncias da federação e da sociedade.

A entrada em cena do governo federal reforça uma perspectiva positiva no combate à droga, com a vantagem de ampliar os recursos disponíveis. Ainda assim, os avanços esperados vão depender, sobretudo, da pressão por parte da sociedade, afetada diretamente pelo problema.

Fonte: Editoriais - Zero Hora (21/9/2010)

domingo, 12 de setembro de 2010

Miriam pede implantação de programas de ressocialização para ex-dependentes químicos também à Superintendência da Caixa Econômica Federal


Publicada originalmente em www.miriammarroni.blogspot.com no dia 29 de agosto

Enquanto a presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Veradores de Pelotas, Miriam Marroni (PT), aguarda resposta da presidência da Casa Legislativa a sua solicitação da implantação de programas de ressocialização para ex-dependentes químicos em tratamento ou apenados em regime semi-aberto, ela também solicitação a ação de exemplo à comunidade a outras instituições públicas. Na última semana, a vereadora se reuniu com o Superintendente da Caixa Econômica Federal, Ruy Kern.

Kern foi muito receptivo à proposta e se mostrou extremamente interessado em poder ajudar essa parcela da socidade de alguma forma. Comentou que a Superintendência já está em tratativas de viabilizar um programa de qualificação profissional de jovens na cidade. "Como contrapartida, poderíamos solicitar a reserva de algumas vagas para esse público específico em extremo risco social e com dificuldade de reinserção no mercado de trabalho devido ao preconceito e desconfiança da sociedade". O superintendente ficou ainda de estudar a viabilidade da criação de vagas para ex-dependentes químicos em tratamento ou apenados em regime semi-aberto.

Miriam Marroni pede implantação de programas na Câmara de Vereadores para ressocialização de ex-dependentes químicos



Publicada originalmente em www.miriammarroni.blogspot.com no dia 18 de agosto de 2010


A presidente da Comissão de Direitos Humanos da Comissão de Vereadores de Pelotas, Miriam Marroni (PT), acompanhada de integrantes do grupo Mães contra o Crack, se reuniu com o presidente da Casa, Milton Martins (PT), na última quarta-feira (18). O objetivo do encontro foi o pedido de implantação de dois programas para a ressocialização de ex-dependentes químicos que estão, comprovadamente, em tratamento ou cumprindo pena em regime semi-aberto. A solicitação foi protocolada nesta quinta-feira (19).

A iniciativa propõe que Câmara possa, além de promover a reinclusão social dessa parcela da população na sociedade, possa dar o exemplo ao restante da comunidade. Para isso, Miriam propôs que sejam implantados dois programas na Casa Legislativa.

O já existente Protocolo de Ação Conjunta (PAC), firmado entre órgãos públicos ou privados e a Susepe, estipula a contratação de presidiários - neste caso específico os que cumprem pena pelo envolvimento em pequenos delitos relacionados ao uso do crack e outras drogas - para serviços gerais (como manutenção e atividades administrativas). Além do pagamento de uma determinada porcentagem do salário mínimo, serão estipulados quantos dias serão necessários de trabalho para a redução de um na pena.

Para os casos de ex-dependentes em tratamento na rede pública, a Câmara precisa pensar um programa, nos moldes dos estágios para estudantes, que garanta trabalho de remuneração inferior e menos horas trabalhadas que um funcionário efetivo, desde que o beneficiado comprove estar em tratamento na rede pública. A vereadora já sugeriu um nome para essa política pública, "Vida Nova".

Miriam justifica a necessidade pelo fato de que, na atualidade, o processo de reinserção social para ex-usuários de drogas é fundamental como parte de um tratamento continuado desses jovens que se encontram em situação de extrema vulnerabilidade. "Não basta apenas tratamentos paliativos de desintoxicação durante 10 ou 20 dias. Ainda mais que o poder público não oferece serviço adequando de prevenção e tratamento", destacou a coordenadora. Além disso, ao perder o período normal de escolaridade e sem uma profissão, esses jovens tornam-se vítimas da desconfiança e preconceito por parte da sociedade, tendo assim dificuldade de se colocar no mercado de trabalho. "Eles precisam de uma força e incentivo".

A presidência deverá expôr a proposta para o resto da Casa na próxima terça-feira. Além de discutir com a assessoria jurídica a viabilidade da execução dessa demanda.

Mães contra o Crack: a voz que não pode se calar


Publicado originalmente em www.miriammarroni.blogspot.com no dia 29 de julho

O Grupo Mães contra o Crack não para de crescer. Cada vez mais o movimento atrai pessoas diretamente ligadas com a epidemia que destrói milhares de jovens e famílias pelotenses. Não apenas mães, mas pais, avós e irmãos das vítimas dessa doença crônica também estão botando a "cara a tapa" para buscar ajuda. E a voz, ainda tímida e envergonhada, desses familiares desesperados não pode silenciar.


Para a vereadora e coordenadora do grupo, Miriam Marroni (PT), o encontro que lotou o Plenarinho da Câmara de Vereadores, na quarta-feira (28), foi dividido em três momentos distintos. Logo no início, o médico Élio Dornelles se apresentou como voluntário da causa que ele tomou conhecimento pela imprensa. "Venho colocar o meu trabalho a disposição, voluntariamente, a essas mães que chegam a adoecer pelo sofrimento causado pela situação que estão vivendo", comentou.

Ele ofereceu exames básicos para a realização de um chek-up (hemograma, glicemia, hepatite, HIV, sífilis, urnia e fezes). "A mãe é aquela que dá apoio incondicional aos filho em qualquer situação que ele se encontre. Por isso, ela precisa - e merece - estar com a saúde em dia para ter força e continuar sua luta pela cura desse mal".

Em seguida, o debate se deu a respeito do serviço prestado no município e de sua incapacidade de dar conta da demanda, pela insuficiência de leitos e profissionais. O grupo trocou informações, experiências e tirou dúvidas com uma enfermeira representante do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD).

Após, novas voluntárias também se apresentaram para contribuir com o trabalho, por meio de seus conhecimentos na área de psicologia e artesanto para, num próximo encontro, realizar oficinas de fortalecimento da autoestima dessas mães.


Novos depoimentos

O terceiro e mais emocionante momento foi o de apresentação de novos integrantes. "É gratificante ver que cada vez mais pessoas estão deixando seu sofrimento solitário para procurar ajuda. Os quatro novos casos foram ouvidos com atenção por todos os participantes que, de acordo com suas experiências, contribuiram com diversas informações relevantes. A reunião foi extremamente produtiva no sentido dos encaminhamentos realizados". O movimento, criado em outubro do ano passado, luta para pressionar o poder público por políticas de saúde específicas ao tratamento de viciados e também colabora como forma de terapia para essas mães que encontram ajuda e conforto umas com as outras por meio da troca de suas experiências.

Intensa agenda de palestras

Publicada originalmente em www.miriammarroni.blogspot.com em 12 de julho de 2010



A psicóloga e vereadora Miriam Marroni está com a agenda lotada de palestras da temática de Dreitos Humanos, principalmente sobre a luta do grupo que ela coordena, Mães contra o Crack. Só nesta segunda-feira (12) foram realizadas três no auditório - lotado - do colégio Cassiano do Nascimento. É através desses encontros que o movimento promove o alerta e conscientização da comunidade, como forma de prevenção.

Outras quatro palestras já estão marcadas ainda para esta semana. Na quarta-feira, é a vez de Arroio Grande. Na quinta, outras três serão realizadas, no Navegantes, na Gotuzzo e no colégio Pelotense. Na sexta-feira, Miriam falará sobre a terceira idade.

A receptividade, o interesse e participação dos jovens marcaram cada uma das conversas. O relato de histórias verídicas feito por integrantes do grupo Mães contra o Crack emocionou alunos e professores. Adolescentes interessados solicitaram os endereços da vereadora para entrar em contato. Na oportunidade foram feitas novas amizades no Orkut, seguidores no Twitter e integrantes para a comunidade oficial da também candidata à Deputada Estadual.

Blog retoma atividades informativas

Neste domingo (12) , completa quatro meses da última postagem feita no Blog Mães contra o Crack. A desatualização virtual não significa que as atividades do movimento tenham acabado. Muito pelo contrário, a luta conta a epidemia que assola a cidade, o Estado e o País, está em plena continuidade, graças a força de vontade das integrantes do grupo. Elas não se cansam de tentar mudar o destino quase certo para quem entra nesse mundo e dele não consegue sair: a morte ou o presídio.
Durante os últimos quatro meses, o grupo realizou algumas reuniões e a coordenadora do movimento e presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Segurança da Câmara de Vereadores, Miriam Marroni, fez diversas palestras em escolas estaduais e municipais de Pelotas e outras cidades.

Hoje, serão postadas algumas notícias divulgadas sobre esses encontros e reuniões de reinvindicação. A partir deste momento, o Blog trará sempre notícias das ações do grupo, bem como mensagens e vídeos de apoio, além das últimas informações e reportagens divulgadas na imprensa local, estadual e nacional, referentes à temática do crack.