A presidenta do Brasil, Dilma Roussef, lançou, neste mês, um conjunto de ações para o enfrentamento ao crack, com previsão de investimento de R$ 4 bilhões até 2014. As ações estão estruturadas em três eixos - cuidado, prevenção e autoridade - e serão desenvolvidas de forma integrada com Estados e municípios.
Dilma Rousseff defendeu um pacto entre governo e sociedade para enfrentar o crack no país. Na cerimônia de lançamento do programa “Crack, é possível vencer”, a presidenta afirmou que o Governo Federal, em parceria com Estados e municípios, vai combater o crack “sem vacilação”. Segundo ela, um país que provou que é possível crescer e distribuir renda e que tirou 40 milhões de pessoas da pobreza, também terá uma “política sistemática, ampla, moderna, corajosa e criativa de enfrentamento das drogas”
RS receberá em fevereiro comitiva do Governo para combate ao crack
Valor para políticas sobre drogas no RS em 2012 é de R$ 42 milhões.
Estado quer aproveitar ofensiva contra o crack lançada por Dilma.
Estado quer aproveitar ofensiva contra o crack lançada por Dilma.
Rio Grande do Sul deverá receber boa parte dos recursos do Governo Federal disponíveis para o plano de combate ao crack lançado em dezembro. No próximo mês, ainda sem data definida, o Ministério da Justiça deve enviar a Porto Alegre uma comitiva para analisar os programas adotados pelo governo gaúcho e também anunciar a implementação de novos projetos de enfrentamento à pedra no estado.
Na quarta-feira (18), o governador Tarso Genro esteve reunido com os secretários Fabiano Pereira (Justiça e Diretos Humanos), Airton Michels (Segurança Pública) e Ciro Simoni (Saúde) para discutir a parceria do estado com a União. Por telefone, Tarso vem tratando do assunto com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
“Estamos no início das tratativas. O Ministério da Justiça nos chamou. Eles têm interesse em ver nossos programas. Tive uma reunião com o governador e começamos a elaborar algumas coisas. Em fevereiro teremos outra reunião para definir novas ações de combate ao crack”, disse ao G1 o secretário Fabiano Pereira.
As medidas do Governo Federal para conter a proliferação das chamadas cracolândias nas cidades brasileiras serão apoiadas em três eixos: cuidado, prevenção e autoridade. Estão previstos investimentos para ampliar a oferta de leitos no Sistema Único de Saúde (SUS) para os usuários de drogas, além de treinamento e qualificação de agentes de saúde e de segurança. Parte da verba será destinada ainda a campanhas para orientar e prevenir a população sobre o uso do crack e outras drogas.
À frente do departamento de Políticas Públicas sobre Drogas do estado, criado em 2011 e vinculado à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, Solimar Amaro diz que a expectativa do governo gaúcho é aproveitar a ofensiva contra o crack lançada pela presidente Dilma, que prevê investimentos de R$ 4 bilhões até 2014, para fazer com que várias ações de combate aos males causados pela droga saiam do papel: “Com a aprovação desses projetos, vamos poder captar mais recursos”.
O valor previsto no orçamento de 2012 para políticas sobre drogas, principalmente o crack, no Rio Grande do Sul é de R$ 42 milhões. Atualmente, o estado dispõe de 900 leitos disponíveis para o tratamento de dependentes químicos, que custam R$ 4 mil por mês cada com despesas de internação e medicação de pacientes. Outros 300 leitos devem ser criados em 2012, de acordo com Solimar.
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