A mobilização realizada pelo grupo Mães contra o Crack, na manhã de sábado (4), no Calçadão de Pelotas, foi um pedido de socorro e um grito de alerta à população que passava pelo Centro para a epidemia que se transformou o consumo da pedra. Com distribuição de panfletos, depoimentos e apresntações artísticas do grupo Renovação, que atende cerca de 50 crianças e jovens do Pestano e Getúlio Vargas, o movimento ganhou visibilidade e apoio da comunidade que pode conhecer a luta diária das quase cem integrantes do Mães contra o Crack.
Segundo a criadora e coordenadora do movimento, a vereadora e deputada estadual eleita, Miriam Marroni (PT), a intenção é mostrar a inconformidade dos quase cem integrantes e de que o grupo está cada vez mais unido para continuar pressionando o poder público pela implantação de políticas públicas de tratamento adequado aos viciados. "Alcançamos nosso objetivo de mostrar para a sociedade a nossa luta, que não se restringe apenas às famílias diretamente atingidas por esse desafio destruidor, pois a próxima vítima pode ser você, visto que qualquer cidadão está sujeito aos crimes e contravenções de usuários de drogas. Miriam destaca que, sem tratamento adequado, só restam dois caminhos para os dependentes: o presídio ou o cemitério.
Além da manifestação da vereadora Miriam, mães e, até mesmo, ex-dependentes tiveram a oportunidade de fazer o uso da palavra e contar um pouco da sua história, emocionando aos integrantes do grupo e também a quem passava. O grupo Renovação também atraiu olhares curiosos e de admiração com uma rápida esquete de representação da entrada dos jovens no mundo das drogas fantasiados de caveira, mostrando que o crack nada mais é que a representação da morte, fantasiados de caveiras. Em seguida, foi a vez do grupo artístico acabar com o clima de tristeza e angústia, trazendo alegria, motivação e superação com a apresentação de coreografias em ritmos contagiantes.
O principal objetivo do grupo é a reivindicação de tratamento especializado para os usuários, por meio de leitos em hospital geral, plantão psiquiátrico, requalificação do Caps e implantação do Caps3 (24 horas), comunidade terapêutica conveniada com o SUS e vagas em cursos profissionalizantes. E essa luta continuará e se expandirá para fora do município, durante o mandato de deputada estadual, que a vereadora Miriam Marroni assumirá no final de janeiro.
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