Maioria quer se livrar do vício do crack, diz pesquisa
Estudo foi feito por unidade da Universidade Federal de São Paulo
A maioria dos usuários de crack carrega o desejo de se livrar da dependência,
revela pesquisa feita pela Unidade de Pesquisa em àlcool e Drogadas da
Universidade Federal de São Paulo (Uniad-Unifesp) na cracolândia, no centro da
capital paulista.
O trabalho, que entrevistou 170 usuários, mostra que 62,3% gostariam de se livrar da droga e 47% estão dispostos a se submeter a tratamento. A pesquisa mostra ainda que 34% acham que a internação involuntária pode ser usada em determinadas condições.
— O resultado da internação involuntária surpreende, mas ao mesmo tempo reflete a perfeita convicção dos usuários de que, muitas vezes o dependente precisa de ajuda externa para, pelo menos, iniciar o tratamento — afirma um dos autores do trabalho, o psiquiatra Marcelo Ribeiro.
O médico ressalta que, em alguns momentos de fissura, o dependente chega a ficar "incontrolável". Para ele, na recente ação da cracolândia, o risco de desestabilização se acentua.
— Eles estão deslocados. A dificuldade para obtenção da droga, a fissura num ambiente estranho pode levar à maior exposição. O que aumenta o risco de violência.
Conduzida em dezembro, a pesquisa também reflete a ausência do governo na oferta de terapia para esse grupo. Dos usuários que já se submeteram a tratamento alguma vez na vida (61% dos entrevistados), somente 10% afirmam que o ingresso aos serviços foi feito por meio de projetos sociais.
A maior parte diz que a oferta de serviços foi feita pela Igreja (53%) e por ONGs (22%).
— A imagem do Estado não está atrelada a tratamento — diz Ribeiro.
Ele observa existir dois centros públicos de tratamento relativamente próximos da região da cracolândia.
— Mas, para os usuários, esses serviços são invisíveis. O ideal seria que agentes de saúde estivessem mais próximos dos dependentes.
A pesquisa, feita em parceria com os psiquiatras Ronaldo Laranjeira e Lígia Duailibi, mostra também que 37% dos dependentes afirmam ter dinheiro próprio para comprar a droga.
Outros 13% dizem apelar para o roubo, 9% de furto e 9%, de dinheiro de venda de objetos de família.
Para 11%, a droga chega em troca de sexo e 13%, em troca de serviços para traficantes.
O trabalho, que entrevistou 170 usuários, mostra que 62,3% gostariam de se livrar da droga e 47% estão dispostos a se submeter a tratamento. A pesquisa mostra ainda que 34% acham que a internação involuntária pode ser usada em determinadas condições.
— O resultado da internação involuntária surpreende, mas ao mesmo tempo reflete a perfeita convicção dos usuários de que, muitas vezes o dependente precisa de ajuda externa para, pelo menos, iniciar o tratamento — afirma um dos autores do trabalho, o psiquiatra Marcelo Ribeiro.
O médico ressalta que, em alguns momentos de fissura, o dependente chega a ficar "incontrolável". Para ele, na recente ação da cracolândia, o risco de desestabilização se acentua.
— Eles estão deslocados. A dificuldade para obtenção da droga, a fissura num ambiente estranho pode levar à maior exposição. O que aumenta o risco de violência.
Conduzida em dezembro, a pesquisa também reflete a ausência do governo na oferta de terapia para esse grupo. Dos usuários que já se submeteram a tratamento alguma vez na vida (61% dos entrevistados), somente 10% afirmam que o ingresso aos serviços foi feito por meio de projetos sociais.
A maior parte diz que a oferta de serviços foi feita pela Igreja (53%) e por ONGs (22%).
— A imagem do Estado não está atrelada a tratamento — diz Ribeiro.
Ele observa existir dois centros públicos de tratamento relativamente próximos da região da cracolândia.
— Mas, para os usuários, esses serviços são invisíveis. O ideal seria que agentes de saúde estivessem mais próximos dos dependentes.
A pesquisa, feita em parceria com os psiquiatras Ronaldo Laranjeira e Lígia Duailibi, mostra também que 37% dos dependentes afirmam ter dinheiro próprio para comprar a droga.
Outros 13% dizem apelar para o roubo, 9% de furto e 9%, de dinheiro de venda de objetos de família.
Para 11%, a droga chega em troca de sexo e 13%, em troca de serviços para traficantes.
Fonte: instituto Crack nem pensar
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