Miriam Marroni defende internação compulsória para dependentes químicos no RS |
Adriano Piekas - MTB 2766 - 15:48 - 20/02/2013 - Foto: Marcelo Bertani |
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Considerada polêmica por alguns setores, a internação compulsória foi defendida pela deputada estadual Miriam Marroni (PT) durante o Grande Expediente nesta quarta-feira (20) na Assembleia Legislativa. A parlamentar é autora do PL 438/2011 que visa justamente instituir uma política de internação compulsória no RS em casos extremos de dependência, através da criação de uma rede estruturada. Essa rede engloba qualificação dos serviços públicos e capacitação técnica interdisciplinar, prestação de atendimento, e organização do serviço dos pedidos de solicitação de laudo técnico para requerimento de internação compulsória dos dependentes.
Miriam afirma que o vício tem que ser tratado como doença complexa, além de se levar em consideração que a maioria dos usuários está em risco constante de vida. Dados do Ministério da Saúde revelam que 25% dos usuários morrem por crime e outros 25% por doenças relacionadas ao uso de drogas e as condições precárias em que vivem. A parlamentar explica que, segundo alguns especialistas, durante meses o viciado não tem condições psicológicas para tomar decisões e ficam completamente desprovidos da capacidade de escolher. “Por isso precisamos ofertar suporte não só durante o processo de desintoxicação, mas acompanhamento continuado”, afirma ela.
- Tive essa experiência junto ao Grupo Mães Contra o Crack, em Pelotas, que nos revelou de forma mais próxima o caráter destrutivo e devastador da dependência química”, diz a deputada que coordena o grupo.
Conforme dados da Universidade de São Paulo (USP), são 2,8 milhões de usuários de crack no Brasil, sendo 55 no Rio Grande do Sul. Ao fim da fala, Miriam propôs a criação de uma Frente Parlamentar pelo Tratamento de Dependentes de Drogas e começou a coletar assinaturas dos demais deputados.
Recursos federais
O Plano do Governo Federal, chamado Crack, é Possível Vencer, destina R$ 738 milhões para o combate e tratamento dos usuários da droga. Desse valor, R$ 103 são destinados ao Rio Grande do Sul. Serão realizadas ações como construção de centros psicoterapêuticos, consultórios de rua, compra de armas não letas, instalação de câmeras e compra de veículos e equipamentos de segurança.
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Fonte: assessoria depudata Miriam Marroni, por Adriano Piekas
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