sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Seminário Estadual de Prevenção às Drogas em Porto Alegre

Miriam participou no dia 20/11 da abertura do Seminário Estadual de Prevenção às Drogas, organizado pela Brigada Militar, em Porto Alegre. 
O evento homenageou pessoas e instituições que tiveram importante participação nos 15 anos de atividade do Proerd, programa da BM que trata nas escolas sobre prevenção à violência e ao uso de drogas. 
"Nesses 15 anos a BM levou uma inovação às escolas, que foi tratar com uma abordagem diferente este tema em sala de aula. Lembro que lá no início eram poucos os abnegados que enfrentavam esta missão. A maioria achava que a BM deveria atuar apenas na segurança pública, e não na prevenção. Hoje, com este auditório lotado, temos a certeza de que eles estavam certos. Levar quem trata deste problema nas ruas foi uma experiência diferente, e de muito êxito", afirmou Miriam, que foi uma das homenageadas.
Vestida com a camiseta do grupo Mães x Crack e acompanhada de uma das integrantes, Miriam também lembrou do trabalho que mantém em Pelotas. 
"Foi por ter esse trabalho que também eu e esse grupo de mães acompanhamos de perto a trajetória do Proerd em Pelotas", disse.
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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Seminário Estadual de Prevenção às Drogas


Miriam participou na tarde desta quarta-feira(20/11) da abertura do Seminário Estadual de Prevenção às Drogas, organizado pela Brigada Militar, em Porto Alegre.

O evento também serve para homenagear pessoas e instituições que tiveram importante participação nos 15 anos de atividade do Proerd, programa da BM que trata nas escolas sobre prevenção à violência e ao uso de drogas.

"Nesses 15 anos a BM levou uma inovação às escolas, que foi tratar com uma abordagem diferente este tema em sala de aula. Lembro que lá no início eram poucos os abnegados que enfrentavam esta missão. A maioria achava que a BM deveria atuar apenas na segurança pública, e não na prevenção. Hoje, com este auditório lotado, temos a certeza de que eles estavam certos. Levar quem trata deste problema nas ruas foi uma experiência diferente, e de muito êxito", afirmou Miriam, que foi uma das homenageadas da BM.

Vestida com a camiseta do grupo Mães x Crack e acompanhada de uma das integrantes, Miriam também lembrou do trabalho que mantém em Pelotas.

"Foi por ter esse trabalho que tambem eu e esse grupo de mães acompanhamos de perto a trajetória do Proerd em Pelotas", disse.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A Família na Prevenção Contra as Drogas



“Mudanças bruscas de comportamento, queda no rendimento escolar ou no trabalho, insônia, irritabilidade e depressão são alguns dos sintomas do uso de drogas” 
Antônio Padilha de Carvalho*
Especial para o Diário de Cuiabá
 

(imagem reprodução)
 
 
A família não pode ser escanteada do cenário social, jamais deve ser tida como carta fora do baralho, como desejam alguns técnicos de coração duro e visão obtusa.
Apesar das creches, dos lugares de reabilitação, dos institutos especiais, o lugar de crianças e jovens é num lar, numa família com pai e mãe, isso não é antigo, isso é necessário. A existência dessas instituições devem ser toleradas como soluções precárias e paliativas.
Família pronta para atender, fortalecer e reabilitar a sua cria não é discurso religioso ou moralista, é necessidade.
Há que se indagar: Que civilização sobreviveu destruindo a família? Nenhuma outra experiência no planeta é capaz de substituir a família.
O ser humano somente saiu da condição primitiva dos seus primórdios quando constituiu uma família, servindo essa de modelo para a organização social. É no seu seio que os seres humanos do amanhã, recebem as primeiras lições do amor, do afeto, da responsabilidade, do exemplo.
A família é referencial de cultura, é pura identidade. Fora dela, o ser aproxima-se do bicho, do animal, do desvairado, do aloprado, do doentio…
Crianças e jovens criados fora da família não acreditam em amor, são todos arredios, descontrolados, medrosos, desconfiados, inseguros. O jovem problemático é sintoma, é reflexo de uma doença: desestrutura familiar, independentemente de classe social, vez que existem milhares de menores abandonados em casarões e palacetes.
Ensina-nos Odilon Fernandes que “a desarmonia familiar está na base do problema do uso de drogas por parte dos jovens.
Lar desestruturado, jovem desnorteado.
E o jovem desnorteado, que não encontra no seio da própria família a paz de que necessita, busca apoio nos tóxicos, tornando-se deles uma presa fácil.
Os pais carecem de tratar os filhos com carinho, mas também com energia.
Nem disciplina férrea nem excesso de liberdade.
O diálogo é o alimento do amor.
Pais que não dialogam com os filhos, orientando-os para a vida, praticamente os empurram para o vício.
O exemplo dentro de casa é tudo.
Se o jovem vê o seu lar desequilibrado, é preciso que ele tenha uma compreensão muito grande, para não se deixar afetar.
Não adianta dar aos filhos o que eles podem, se não se lhes dá o essencial: amizade.
Os pais que são amigos dos filhos não têm o que temer.
Se o jovem não tem dentro de casa um bom relacionamento, é preciso que ele entenda a dificuldade de seus pais, procurando auxiliá-los e não agravando ainda mais a situação com exigências descabidas.
Cada pessoa tem a sua responsabilidade própria.
Os outros podem nos influenciar, mas só até certo ponto. Depois, entra em questão o nosso livre-arbítrio, que é nossa vontade de escolha.
Existem filhos que usam drogas, para “castigar” os pais…”
ANDRÉIA CASSIA ASSUNÇÃO, publicitária, escreveu um excelente artigo com a temática: A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA PREVENÇÃO DAS DROGAS, onde concita-nos a bem pensar o modelo de família que estamos mantendo e os comprometimentos que surgem de alguns hábitos frequentes no seio dessa célula social. Estão são as suas palavras:
“É na família que a prevenção ao uso de drogas pode ser mais eficaz. Porem, o medo, o preconceito, a falta de intimidade com os filhos, a desinformação e muitas vezes até a hipocrisia impede uma conversa mais franca sobre o assunto. Sobram dúvidas e inseguranças para o adolescente, que se depara na escola ou entre amigos com o assunto para o qual não está preparado.
Mas a questão que mais aflige os pais é saber com que idade já pode conversar sobre drogas com seus filhos. O assunto vai surgir, senão em casa, entre seus colegas, e é por isso que, quanto mais cedo abordarmos o problema, melhor. Não adianta conversar com seus filhos se você não estiver preparado. Conheça os valores de seus filhos. Os valores pessoais, sociais e familiares do adolescente são muito importantes nesta abordagem.
A interação pais/escola é muito importante e fundamental para saber como anda seu filho, suas atitudes, seu rendimento escolar, seus comportamentos e reações perante os problemas enfrentados.
A revelação que o individuo está usando drogas raramente é feita por ele mesmo, pode acontecer por iniciativa de um terceiro, ou por um ato falho do próprio usuário, como por exemplo, esquecer a droga em algum lugar, ou um ato externo, como por exemplo, ter problemas com a policia.
Tratando-se de adolescentes, os pais podem considerar mudanças de comportamento ao momento da vida em que o adolescente está passando e nunca pensar que pode ser consequência do uso de drogas.
A família sofre frente à revelação do uso de drogas perante um familiar, e na maioria das vezes sente-se culpada. Não conseguem compreender e aceitar, que o uso de drogas é um sintoma de que alguma coisa não vai bem com a pessoa, ou mesmo dentro da relação familiar.
Sabe-se que a dependência não se instala de repente, que não existe uma cura mágica, que não só o individuo precisará de tratamento, mas toda família, já que a família está presente junto com o individuo. Todos precisam de ajuda, de tratamento.
Independente do modelo de tratamento ao qual o individuo e a família sejam submetidos, é importante trabalhar as características individuais do dependente, as características da relação familiar, a relação individuo/família, enfocando sempre a necessidade da abstinência total, das mudanças de comportamento, hábitos, do estilo de vida, e com isso, prevenir a recaída.
Muitos estudos demonstram a necessidade de compreendermos como e porque o fenômeno da dependência química pode repetir em outras gerações.
Dentro da perspectiva familiar, podemos inferir que o comportamento do dependente é aprendido do mesmo modo que interfere fortemente nas pessoas envolvidas pela convivência. O exemplo disso, no caso do alcoolismo, foi observado que sua perpetuação pode estar associada à manutenção da identidade familiar, pois as famílias que possuem dependentes químicos são bastante particulares em razão de suas características incomuns, percebidas e vividas por todos os seus membros.
Atitudes como “rituais familiares normais” muitas vezes ocorrem em torno do beber, o que interfere no desempenho normal da família. Geralmente, é desta forma que os filhos crescem num contexto cultural onde a bebida se torna parte de suas vidas.
A mitologia familiar é, muito provavelmente, infestada de cenas relacionadas ao álcool. Os filhos podem permanecer imersos neste ambiente, inconscientes do que ocorre; podem repetir a identidade familiar, e, sem muito refletir, se casar com alcoolistas ou vir a ser um.
O desafio destes filhos seria construir novos rituais e mitos familiares, abandonando os de sua família de origem, para, assim, desenvolver uma identidade familiar não – alcoólica como uma maneira de não perpetuar o alcoolismos.
O PAPEL DA FAMÍLIA: Cuidados básicos, afetividade e amor por parte dos pais; Papéis bem definidos na relação familiar; Auxiliar no desenvolvimento da identidade pessoal; Apoiar e respeitar a individualidade; Conhecimento dos amigos e grupos sociais dos filhos (as); Capacitar os filhos para suportar e superar pressões dos grupos sociais; Conhecimento sobre as drogas: suas características e conseqüências; Não se acomodar frente aos problemas; Entender sobre as fases da vida e dos momentos dos (as) filhos (as); Diálogo; Reavaliar valores rígidos; Vale a pena complementar, conforme o quadro familiar presente, é indicado que o dependente receba acompanhamento individual e/ ou psiquiátrico individualizando garantindo, assim, a assistência à dependência química. Deve-se, porém tomar o extremo cuidado de não o manter num lugar ainda mais problemático. Por isso faça sua parte.”
A melhor forma de prevenção das drogas está na família. Infelizmente hoje exercemos vários papeis e temos pouco tempo para ficar com nossos filhos. O uso de drogas atinge o indivíduo, a família e a comunidade. Normalmente as crianças se envolvem com drogas por curiosidade. Por isso, é importante que os jovens tenham atividades sadias como esportes, música e cultura para evitar que se envolvam com drogas.
Estatísticas recentes mostram que o jovem dependente químico apresenta perturbações pessoais e familiares, revelando extrema dificuldade de tolerar as frustrações e de suportar a realidade. Isso mostra que os pais devem impor limites aos seus filhos, além disso, eles devem dialogar e conhecer as crianças. É importante também conhecer os amigos e os locais onde eles frequentam.
É de primordial interesse que os pais fiquem atentos aos sinais gerais das pessoas que usam drogas. “Mudanças bruscas de comportamento, queda no rendimento escolar ou no trabalho, insônia, irritabilidade e depressão são alguns dos sintomas. Nem sempre indica que a pessoa está usando drogas, mas com certeza, indica que precisa de observação e acompanhamento.
O bom ambiente familiar e a religião, seja ela qual for, são fatores preponderantes para manter os jovens afastados das drogas.
Antônio Padilha de Carvalho, advogado militante; pós graduado nas áreas do Direito do Estado; Educação e Filosofia; Acadêmico de Geografia/UFMT;Presidente do IMPDrog- Instituto Mato-grossense de Prevenção às Drogas e colabora com o DC Ilustrado. 
Fonte: Jornal Diário de Cuiabá

Silencioso, câncer de pulmão é o que mais causa de mortes no mundo


Alta incidência 

De acordo com o Inca, 90% dos casos estão associados ao tabagismo

Silecioso, câncer de pulmão é o que mais causa de mortes no mundo Adriana Franciosi/Agencia RBS
Cigarro é a principal causa do câncer de pulmãoFoto: Adriana Franciosi / Agencia RBS
O câncer de pulmão se desenvolve de forma silenciosa no organismo. Sem apresentar sintomas na fase inicial, o tumor maligno é, na maioria das vezes, diagnosticado apenas em casos mais avançados. O tratamento tardio faz com que o câncer de pulmão seja o tipo que mais faz vítimas. Em 2010, quase 22 mil brasileiros morreram em decorrência da doença, sendo a maioria do sexo masculino, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Ainda segundo o Inca, 90% dos casos são causados pelo tabagismo.
— Embora seja altamente letal, o câncer de pulmão é um dos poucos tipos da doença que podem ser prevenidos. Para diminuir a chance de adquirir a doença, o mais indicado é que as pessoas não fumem. Aos já adeptos ao vício, recomenda-se uma consulta com um médico para orientações sobre os possíveis tratamentos. Nunca é tarde para parar de fumar — alerta a oncologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Miriam Hatsue Honda Federico.
A oncologista esclareceu as principais dúvidas sobre o assunto. Confira:
1) Quais são as causas do câncer de pulmão?
Há muitos fatores que podem ocasionar um tumor maligno. Entre os principais, estão: fumo, exposição a agentes químicos presentes em áreas específicas de atuação profissional, como arsênico, asbesto, berílio, cromo, radônio, urânio, níquel, cádmio, cloreto de vinila, gás de mostarda e éter de clorometil, poluição do ar, deficiência e excesso de vitamina A, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica) e fatores genéticos.
2) Quais são os sintomas?
Na fase inicial, o câncer de pulmão não apresenta nenhum sintoma. Por isso, ter uma vida saudável e realizar exames de rotina são iniciativas fundamentais para prevenir a doença. Com o desenvolvimento do tumor, uma tosse que não passa e piora com o passar do tempo e dor no peito constante podem ser notadas. Em casos mais avançados, os sintomas são tosse com sangue, falta de ar, chiado ou rouquidão, pneumonia ou bronquite de repetição, inchaço do rosto e pescoço, perda de apetite ou de peso e fadiga.
3) Como é feito o diagnóstico?
O exame básico para verificar alterações no pulmão é o raio-X. Caso alguma anomalia seja encontrada, o médico vai recomendar a realização de uma tomografia computadorizada, exame de imagem que auxilia o especialista a analisar o tumor. Para verificar se o câncer é maligno ou benigno, é feita uma biópsia. Após a confirmação da doença, o oncologista vai realizar a avaliação do estágio da evolução do câncer, ou seja, descobrir se está restrito ao pulmão ou disseminado para outros órgãos. Esta análise é feita por meio de exames de sangue e radiológicos, como ultrassonografia.
4) Qual o tratamento?
O tratamento do câncer de pulmão é feito por cirurgia, quimioterapia e/ou radioterapia. Após a realização dos exames, o oncologista vai definir o tratamento mais adequado para o paciente. Dependendo do caso, podem ser empregados um, dois ou até mesmo os três procedimentos.
O objetivo da cirurgia é a retirada das células cancerígenas. O médico avaliará se é possível apenas a remoção do tumor ou se é necessária a retirada de uma parte do pulmão ou do órgão inteiro. Em 90% dos casos, a cirurgia não é possível devido à extensão da doença, proximidade do tumor a outros órgãos, como o coração, ou risco do paciente. Por isso, a quimioterapia é indicada para destruir as células cancerígenas, reduzir o crescimento do tumor ou amenizar os sintomas da doença. A radioterapia pode ser utilizada antes ou após a cirurgia e é uma aliada da quimioterapia na destruição das células cancerígenas.

Prevenção!!!


A efetiva prevenção é fruto do comprometimento, da cooperação e da parceria entre os diferentes segmentos da sociedade brasileira e dos órgãos governamentais, federal, estadual e municipal, fundamentada na filosofia da “Responsabilidade Compartilhada”, com a construção de redes sociais que visem a melhoria das condições de vida e promoção geral da saúde.
A execução desta política, no campo da prevenção deve ser descentralizada nos municípios, com o apoio dos Conselhos Estaduais de políticas públicas sobre drogas e da sociedade civil organizada, adequada às peculiaridades locais e priorizando as comunidades mais vulneráveis, identificadas por um diagnóstico. Para tanto, os municípios devem ser incentivados a instituir, fortalecer e divulgar o seu Conselho Municipal sobre Drogas.
As ações preventivas devem ser pautadas em princípios éticos e pluralidade cultural, orientando-se para a promoção de valores voltados à saúde física e mental, individual e coletiva, ao bem-estar, à integração socioeconômica e a valorização das relações familiares, considerando seus diferentes modelos.
As ações preventivas devem ser planejadas e direcionadas ao desenvolvimento humano, o incentivo à educação para a vida saudável, acesso aos bens culturais, incluindo a prática de esportes, cultura, lazer, a socialização do conhecimento sobre drogas, com embasamento científico, o fomento do protagonismo juvenil, da participação da família, da escola e da sociedade na multiplicação dessas ações.
As mensagens utilizadas em campanhas e programas educacionais e preventivos devem ser claras, atualizadas e fundamentadas cientificamente, considerando as especificidades do público-alvo, as diversidades culturais, a vulnerabilidade, respeitando as diferenças de gênero, raça e etnia.
Diretrizes

  • Garantir aos pais e/ou responsáveis, representantes de entidades governamentais e não-governamentais, iniciativa privada, educadores, religiosos, líderes estudantis e comunitários, conselheiros estaduais e municipais e outros atores sociais, capacitação continuada sobre prevenção do uso indevido de drogas lícitas e ilícitas, objetivando engajamento no apoio às atividades preventivas com base na filosofia da responsabilidade compartilhada.

  • Dirigir as ações de educação preventiva, de forma continuada, com foco no indivíduo e seu contexto sociocultural, buscando desestimular o uso inicial de drogas, incentivar a diminuição do consumo e diminuir os riscos e danos associados ao seu uso indevido.

  • Promover, estimular e apoiar a capacitação continuada, o trabalho interdisciplinar e multiprofissional, com a participação de todos os atores sociais envolvidos no processo, possibilitando que esses se tornem multiplicadores, com o objetivo de ampliar, articular e fortalecer as redes sociais, visando ao desenvolvimento integrado de programas de promoção geral à saúde e de prevenção.

  • Manter, atualizar e divulgar um sistema de informações de prevenção sobre o uso indevido de drogas, integrado, amplo e interligado ao OBID, acessível a toda a sociedade, que favoreça a formulação e implementação de ações de prevenção, incluindo mapeamento e divulgação de “boas práticas” existentes no Brasil e em outros países.

  • Incluir processo de avaliação permanente das ações de prevenção realizadas pelos Governos, Federal, Estaduais, Municipais, observando-se as especificidades regionais.

  • Fundamentar as campanhas e programas de prevenção em pesquisas e levantamentos sobre o uso de drogas e suas conseqüências, de acordo com a população-alvo, respeitadas as características regionais e as peculiaridades dos diversos segmentos populacionais, especialmente nos aspectos de gênero e cultura.

  • Propor a inclusão, na educação básica e superior, de conteúdos relativos à prevenção do uso indevido de drogas.

  • Priorizar ações interdisciplinares e contínuas, de caráter preventivo e educativo na elaboração de programas de saúde para o trabalhador e seus familiares, oportunizando a prevenção do uso indevido de drogas no ambiente de trabalho em todos os turnos, visando à melhoria da qualidade de vida, baseadas no processo da responsabilidade compartilhada, tanto do empregado como do empregador.

  • Recomendar a criação de mecanismos de incentivo para que empresas e instituições desenvolvam ações de caráter preventivo e educativo sobre drogas.

Fonte: site SENAD

Comunidade Terapêutica traz vida nova aos dependentes de drogas




As ações desenvolvidas por meio das comunidades terapêuticas incentivam o usuário a retomar a atividade profissional, relações familiares e o exercício da cidadania, além de ajudá-lo a construir um projeto de vida.

Por meio da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, o Ministério da Justiça (Senad) vai gerar até o fim deste ano, 10 mil vagas em comunidades terapêuticas. Os usuários e dependentes de drogas serão acolhidos gratuitamente.

Os gestores, profissionais e voluntários em serviço nas entidades contratadas deverão participar de curso para capacitação e atualização profissional oferecido pela Senad e certificado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp).

O processo para a contratação das vagas foi dividido em três fases: habilitação, que prevê verificação da regularidade jurídica, fiscal e trabalhista e situação econômico-financeira da entidade; pré-qualificação, que exige verificação da condição técnica da entidade; e contratação.

O Governo Federal vai pagar R$ 1 mil, mensais, pelos serviços de acolhimento de adultos e R$ 1,5 mil, por mês, para crianças, adolescentes e mães em fase de amamentação.

Lua Nova - Conheça, a seguir, como funciona a Associação de Formação e Reeducação Lua Nova, em Sorocaba (SP), instituição reconhecida, no Brasil e no exterior como experiência bem-sucedida e inovadora na reinserção de jovens mulheres em situação de risco, incluindo a dependência de drogas.

É por meio das atividades de trabalho e geração de renda, principalmente, que as 150 mulheres acolhidas todos os dias na Associação Lua Nova conseguem dar a volta por cima. Um fato singular é que 18 famílias formadas por mulheres que ingressaram como acolhidas construíram suas casas com suas próprias mãos e recursos. Algumas chegaram ao final do processo de recuperação e reinserção e hoje trabalham fora da instituição e moram neste pequeno condomínio localizado num terreno comprado pelas primeiras construtoras civis formadas na instituição.

Os tijolos e as casas são resultados da Empreiteira-Escola implantada em 2004 na Lua Nova. O projeto capacita mulheres para trabalhar na construção civil e para atuar como multiplicadoras da tecnologia sustentável que fabrica tijolos a partir de uma mistura de concreto e restos de construção.

Oportunidade de recomeço - Dentre as mulheres atendidas, a maioria de grávidas ou com filhos pequenos, estão dependentes químicas, meninas em situação de rua, vítimas de violência doméstica e sexual, todas com o mesmo objetivo: recomeçar a vida de uma forma diferente. A entidade atendeu mais de 3,5 mil mulheres desde sua fundação, em 2000.

Outras atividades profissionais e de geração de renda desenvolvidas dentro da Lua Nova são panificação e confeitaria, corte e costura, fabricação de bonecos pedagógicos, dentre outras. Encomendas de salgados e doces e de bolsas, por exemplo, geram renda para as residentes e para a instituição.

Em média, as mulheres permanecem nove meses na instituição. As jovens são estimuladas a se engajar na comunidade formada na própria associação, um fundamento básico para criar vínculos sociais.

O método, que alia atividades produtivas e comunitárias com acompanhamento psicológico, conferiu respeitabilidade à instituição. Esse trabalho alcançou visibilidade no Brasil e no exterior, como referência na atenção a mulheres em situação de risco. Em 2005, a entidade recebeu, por sua atuação, o Prêmio Social Ashoka-McKinsey, organização mundial, sem fins lucrativos, que atua no campo da inovação social, trabalho e apoio aos empreendedores sociais. O trabalho da fundadora, a psicóloga Raquel Barros, e da associação foi reconhecido em diversas premiações recebidas desde 2002.

História de superação - As meninas da Lua Nova explicam que homens e mulheres têm atitudes diferentes perante o desespero que o vício causa. Para bancar a dependência, normalmente os homens realizam bicos, pequenos trabalhos informais. A prostituição acaba sendo um caminho que muitas mulheres trilham para sustentar o vício.

A história de T. C. C. é dessas que a ficção não faria mais comovente. Seus 26 anos de idade parecem pouco tempo para acumular tantos episódios fortes. E na queda livre dos cinco anos em que morou na rua ela chegou num ponto em que poucas pessoas acreditariam que ela pudesse dar a volta por cima. “Cheguei a transar por R$ 12 para comprar crack”, diz ela, que foi infectada pelo HIV.

Cola, álcool de posto, “injetável”, T. conheceu todas essas substâncias no período em que viveu nas ruas de Maceió. A fluidez com que ela conta sua trajetória faz parecer que ela já superou tudo.

Ela também chegou a praticar alguns crimes, levada pela droga. Ela já cumpriu a pena e, mais do que concluir o ciclo da reinserção, passou para o outro lado. Atualmente, ajuda a recuperar pessoas que estão na situação em que já esteve.

Por Marcus Santos

Fonte: site SENAD