quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

UFPel recebe Centro Regional de Referência em Crack

O governo federal se reuniu na quinta-feira (17), no Palácio do Planalto, com reitores e professores das 49 universidades que se tornarão Centros Regionais de Referência (CRR) em Crack e Outras Drogas.  O lançamento do projeto anunciado pela presidente Dilma Rousseff integra um plano do governo federal de combate ao crack em todo o país e deve começar a funcionar a partir de março em 23 universidades brasileiras, sendo cinco delas do Rio Grande do Sul.

As universidades gaúchas que integram os centros no Estado são a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Universidade Federal do Rio Grande (Furg) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

As instituições contarão com um centro de treinamento de profissionais das áreas da saúde e de assistência social que já atendem usuários em seus respectivos municípios. Além disso, de acordo com a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), em maio deste ano, outros 26 centros também devem começar a operar.

A duração do curso é de 12 meses e entre as disciplinas aplicadas estão gerenciamento de casos, reinserção social, aconselhamento motivacional e o aperfeiçoamento de médicos. O repasse federal é do valor de R$ 300 mil para cada projeto, que deverá ser aplicado na formação de 14,7 mil profissionais em 884 municípios de 19 estados.

Os recursos são do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas e integram o orçamento do Fundo Nacional Antidrogas (Funad) da Senad. O PAC do crack, como é chamado, prevê ampliação do número de leitos de internação de usuários de drogas e a realização de estudos e pesquisas.
Fonte: Diário Popular

Dilma diz que combate ao tráfico terá ação nas fronteiras

21/02/2011 06h39 - Atualizado em 21/02/2011 06h39

Objetivo é bloquear entrada de traficantes internacionais.
Centros vão capacitar médicos para tratar dependentes.

Do G1, em São Paulo

A presidente Dilma Rousseff disse em seu programa semanal “Café com a presidenta", na última segunda-feira (21), que o combate ao tráfico no país terá ações na fronteira. Segundo Dilma, o objetivo é bloquear a entrada de traficantes internacionais e também combater o “pequeno tráfico”.

“Esta é uma das faces mais cruéis do tráfico de drogas, pois meninos e meninas pobres são atraídas pelo dinheiro fácil e promessas falsas, sem saber dos riscos que estão correndo”, disse.

A presidente ressaltou que, em outra frente, o governo vai agir na questão das drogas com a implantação de 49 Centros Regionais de Referência em Crack e Outras Drogas. Dilma explicou que médicos, enfermeiros, assistentes sociais e outros profissionais vão receber capacitação para atender os dependentes de crack e seus familiares.

“Eles vão conhecer as técnicas de tratamento e, também, as possibilidades de trazer essas pessoas de volta ao convívio social, ao trabalho e aos estudos. Vão também pesquisar sobre a doença, entendê-la melhor para combatê-la melhor”, falou.

Serão oferecidos quatro cursos: um curso para médicos que atendem nas unidades básicas de saúde; outro para profissionais que vão receber pacientes para desintoxicação nos hospitais ou clínicas; um terceiro para agentes comunitários de saúde e profissionais que atendem as pessoas nas ruas; e o último para os profissionais da assistência social.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Dilma anuncia "luta sem quartel" contra o tráfico e consumo de crack

Brasília, 17 fev (EFE).- A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quinta-feira o início de uma "luta sem quartel" contra o tráfico e consumo de crack, uma droga que, por cálculos não oficiais, é usada por 500 mil pessoas no país.
"O tamanho desta luta exige pessoas capacitadas para enfrentar o problema", disse Dilma em um ato realizado no Palácio do Planalto, no qual apresentou os planos do Governo para colocar freio na droga que "por ser barata, tem capacidade de propagação muito extensa", apontou.
A chefe de Estado indicou que o combate ao craque vai ocorrer nas frentes da prevenção, tratamento especializado, educação e repressão ao tráfico, mediante um controle mais severo das fronteiras e de uma "luta sem quartel" contra os distribuidores.
Admitiu que o aumento do consumo dessa droga no Brasil criou "um quadro extremamente preocupante no que se refere à criminalidade, a violência e a juventude", que vê "degradada sua personalidade e relações com a sociedade".
Dilma acrescentou que o "grande desafio" do craque é que "não existe, no plano mundial, nenhum acervo de conhecimentos e metodologias para seu tratamento".
Com relação ao combate ao craque, também anunciou a criação de 46 centros de formação de profissionais da saúde e da área social, que serão especializados no tratamento de pessoas dependentes dessa e de outras drogas.
Embora não existem dados oficiais atualizados sobre o consumo de crack no Brasil, ONGs calculam que o número de usuários deve ser de cerca de 500 mil.
Uma das situações mais críticas ocorre no Rio Grande do Sul, que faz divisa com a Argentina e o Uruguai, e onde as autoridades de saúde afirmam que há ao menos 50 mil pessoas dependentes da droga.

Dilma abre seminário sobre centros de referência em crack

Agência Brasil 


BRASÍLIA – A presidente Dilma Rousseff abre nesta quinta-feira, às 10h, no Palácio do Planalto, o seminário sobre a implantação dos centros regionais de Referência em Crack e outras Drogas. O objetivo dos centros, aprovados pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) no fim do ano passado, é capacitar profissionais da saúde e educação que atuam com o tema da dependência química.
Participam do seminário representantes das instituições de ensino superior selecionadas para oferecer cursos de aperfeiçoamento em crack e outras drogas e a secretária da Senad, Paulina Vieira Duarte.
A cerimônia de abertura também deve contar com a presença dos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, da Educação, Fernando Haddad, da Saúde, Alexandre Padilha, e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.

Em abril, a Presidente fará o lançamento do programa na capital gaúcha.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

MÃES DA PRAÇA DA MATRIZ


Elas já se acorrentaram diante da prefeitura de Pelotas, perigrinaram na rede hospitalar em busca de atendimento para os seus filhos, choraram ao ver sua família devastada pelo crack. Unido pela mesma dor, esse grupo de cerca de 80 mulheres da Metade Sul agora vai lutar por políticas públicas a partir da Assembleia Legislativa.
Inspirado no movimento argentino das Mães da Praça de Maio, o grupo Mães contra o Crack foi criado há um ano e quatro meses pela psicóloga Miriam Marroni, a nova líder do governo. Angustiada ao ouvir sucessivos relatos de desespero das mães, a então vereadora decidiu reunir as mulheres com o mesmo histórico para ampliar a pressão por políticas públicas na área.
Ao Assumir o novo mandato, Miriam quer manter a causa como sua principal bandeira. A meta é lutar por comunidades terapêuticas pelo SUS, leitos para desintoxicação em hospitais gerais, plantões psiquiátricos e um atendimento ambulatorial mais qualificado no Caps.
- Precisamos vencer a doença do preconceito e construir políticas públicas para dependentes químicos. Se não houver tratamento adequado, o destino desses jovens é a prisão ou o caixão - alerta Miriam.
O trabalho começou já no dia da posse. Uniformizada com camisetas rosa pink com o nome do grupo, uma representação acompanhou Miriam na entrega de um documento com reivindicações ao secretário estadual de Saúde, Ciro Simoni.

Miriam Marroni e Mães contra o Crack entregam pauta de reivindicações a secretário estadual de Saúde



A tarde da posse da Deputada Estadual Miriam Marroni (PT) já foi dia de pleno trabalho. Após a solenidade, Miriam e 13 integrantes do Grupo Mães contra o Crack se reuniram com o secretário estadual de Saúde, Ciro Simoni, para entregar um documento com as pautas de reinvidação do movimento. A audiência solicitada pela deputada ainda quando vereadora de Pelotas, foi agendada com duas semanas de antecedência e ocorreu na sala Maurício Cardoso na última segunda-feira.


O encontro foi iniciado pela apresentação feita pela fundadora e coordenadora do movimento, que explicou a Simoni a origem do grupo e as ações do movimento realizadas em Pelotas desde a fundação, há pouco mais de um ano, além de apresentar a pauta de reinvindicações. “Exigimos políticas públicas para a garantira de leitos em hospital geral; plantão psiquiátrico; Caps 24 horas; convênios com comunidades terapêuticas científicas e vagas em cursos profissionalizantes”, elencou Miriam.

Em seguida, quatro mães expuseram seus dramas e, inclusive, não conseguiram conter as suas lágrimas em um legítimo pedido de socorro. O secretário de Saúde elogiou a iniciativa, afirmando que se trata de um grande exemplo que deve ser reproduzido para todo o Estado. “O que será do futuro se não fizermos algo agora para controlar essa epidemia que destrói a vida de milhares de jovens e que chegou destruindo toda a estrutura familiar”, avaliou Simoni.

Ele explicou ainda que a busca de solução se baseia em três eixos que carecem de uma ação mais concreta: prevenção, segurança e tratamento e pós-tratamento. “Vamos fazer um grande programa estadual de erradicação desse problema de segurança e saúde pública. Vocês têm um aliado, mas que também conta com vocês para expandir essa luta e pressão para que as reinvindicações possam se concretizar”, finalizou.