Elas já se acorrentaram diante da prefeitura de Pelotas, perigrinaram na rede hospitalar em busca de atendimento para os seus filhos, choraram ao ver sua família devastada pelo crack. Unido pela mesma dor, esse grupo de cerca de 80 mulheres da Metade Sul agora vai lutar por políticas públicas a partir da Assembleia Legislativa.
Inspirado no movimento argentino das Mães da Praça de Maio, o grupo Mães contra o Crack foi criado há um ano e quatro meses pela psicóloga Miriam Marroni, a nova líder do governo. Angustiada ao ouvir sucessivos relatos de desespero das mães, a então vereadora decidiu reunir as mulheres com o mesmo histórico para ampliar a pressão por políticas públicas na área.
Ao Assumir o novo mandato, Miriam quer manter a causa como sua principal bandeira. A meta é lutar por comunidades terapêuticas pelo SUS, leitos para desintoxicação em hospitais gerais, plantões psiquiátricos e um atendimento ambulatorial mais qualificado no Caps.
- Precisamos vencer a doença do preconceito e construir políticas públicas para dependentes químicos. Se não houver tratamento adequado, o destino desses jovens é a prisão ou o caixão - alerta Miriam.
O trabalho começou já no dia da posse. Uniformizada com camisetas rosa pink com o nome do grupo, uma representação acompanhou Miriam na entrega de um documento com reivindicações ao secretário estadual de Saúde, Ciro Simoni.
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