quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Cerca de 12% dos jovens pelotenses são fumantes
- Em 17 capitais do Brasil 47,5% dos gaúchos entre 12 e 16 anos já experimentaram cigarro e 19% tornaram-se fumantes
Dos 39% dos jovens pelotenses, entre dez e 19 anos,
que já experimentaram tabaco, 12,81% (aproximadamente um terço)
continuam fazendo uso da substância. Os números fazem parte do resultado
obtido no estudo feito por representantes do Hospital-Escola e da
Universidade Federal de Pelotas (HE/UFPel/FAU) e dos cursos de
Enfermagem e Nutrição, denominado Projeto Abordagem e Prevenção ao
Tabagismo. O grupo estudado não é representativo da população em geral,
pois foram aplicados apenas a uma amostra de alunos das quatro escolas
participantes, onde foram aplicados 2.448 questionários - em maio do ano
passado - a 33,25% do total dos estudantes matriculados nas
instituições de ensino abordadas (três públicas e uma particular). Mas a
estatística garante uma noção parcial da realidade local.
De acordo com a psicóloga e integrante do projeto, Maria Helena Silveira, esses resultados indicam que não houve variação significativa de fumantes na faixa etária estudada nos últimos 12 anos. Os números corroboram os dados encontrados em estudo da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), desenvolvido em 1997, entre adolescentes de 12 a 18 anos, que identificou a prevalência de tabagismo em 11,1% dos entrevistados.
Melhor desempenho que o Estado e o País
A estatística pelotense se mostra positiva tanto em relação à pesquisa feita pela Vigilância de Tabagismo em Escolares (Vigescola) do Instituto Nacional do Câncer (Inca) quanto ao estudo de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Ambos são vinculados ao Ministério da Saúde (MS) e aplicados nacionalmente.
O primeiro - Vigescola - é realizado periódica e alternadamente em 17 capitais do Brasil (entre 2002 e 2005) e apontou que 47,5% dos gaúchos entre 12 e 16 anos já fizeram o experimento ao cigarro e 19% tornaram-se fumantes (que fizeram uso em pelo menos um dos 30 dias que antecederam a pesquisa aplicada a 1.801 jovens). Já o Vigitel mostrou que o consumo de tabaco entre os jovens brasileiros caiu mais de 50% nos últimos 20 anos. Os resultados indicam que, no ano passado, 14,8% dos jovens eram fumantes, enquanto em 1989 esse número chegava a 29%.
Preço consumível
O fato do cigarro ser a segunda droga mais consumida em todo o mundo deve-se, principalmente, às facilidades e estímulos para obtenção do produto, entre eles o baixo custo. Segundo o imunologista pelotense Alcino Alcântara Filho, o aumento do preço seria a solução que mais surtiria efeito. "É o fator limitante em que o Governo poderia atuar diretamente, mas o lobby das grandes empresas é muito grande. O alto custo até poderia não garantir o abandono do vício, mas, ao menos, garantiria uma redução considerável no consumo", afirmou.
De acordo com a psicóloga e integrante do projeto, Maria Helena Silveira, esses resultados indicam que não houve variação significativa de fumantes na faixa etária estudada nos últimos 12 anos. Os números corroboram os dados encontrados em estudo da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), desenvolvido em 1997, entre adolescentes de 12 a 18 anos, que identificou a prevalência de tabagismo em 11,1% dos entrevistados.
Melhor desempenho que o Estado e o País
A estatística pelotense se mostra positiva tanto em relação à pesquisa feita pela Vigilância de Tabagismo em Escolares (Vigescola) do Instituto Nacional do Câncer (Inca) quanto ao estudo de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Ambos são vinculados ao Ministério da Saúde (MS) e aplicados nacionalmente.
O primeiro - Vigescola - é realizado periódica e alternadamente em 17 capitais do Brasil (entre 2002 e 2005) e apontou que 47,5% dos gaúchos entre 12 e 16 anos já fizeram o experimento ao cigarro e 19% tornaram-se fumantes (que fizeram uso em pelo menos um dos 30 dias que antecederam a pesquisa aplicada a 1.801 jovens). Já o Vigitel mostrou que o consumo de tabaco entre os jovens brasileiros caiu mais de 50% nos últimos 20 anos. Os resultados indicam que, no ano passado, 14,8% dos jovens eram fumantes, enquanto em 1989 esse número chegava a 29%.
Preço consumível
O fato do cigarro ser a segunda droga mais consumida em todo o mundo deve-se, principalmente, às facilidades e estímulos para obtenção do produto, entre eles o baixo custo. Segundo o imunologista pelotense Alcino Alcântara Filho, o aumento do preço seria a solução que mais surtiria efeito. "É o fator limitante em que o Governo poderia atuar diretamente, mas o lobby das grandes empresas é muito grande. O alto custo até poderia não garantir o abandono do vício, mas, ao menos, garantiria uma redução considerável no consumo", afirmou.
REABILITAÇÃO
Ajuda e estrutura para dependentes químicos é fundamental
Retomar o controle da própria vida após quase
perder tudo. Para muitos essa decisão por ser a mais acertada, pode
parecer fácil ou no mínimo rápida. Entretanto, apesar de ser
fundamental, a percepção de que a única solução é decidir romper com o
vício é a atitude que salva, mas que em muitos casos leva tempo. Esse é o
panorama experimentado pelos dependentes químicos ou como começou-se a
chamar - usuários de substâncias psicoativas.
Para mostrar como funciona o tratamento e as histórias de quem optou por buscar ajuda para sair do mundo da drogas, a reportagem do Diário Popular visitou um dos três centros de reabilitação de dependentes químicos da região de Rio Grande - a Comunidade Terapêutica Prosseguir. Localizada na Ilha dos Marinheiros, a unidade de tratamento alternativo trabalha especificamente com o público masculino.
O funcionamento da comunidade é mantido através de convênios com o governo federal, estadual e municipal. Pelo SUS são oferecidas 15 vagas, com a prefeitura e a Secretaria Nacional Antidrogas outras cinco. Com capacidade para 30 internos, a Prosseguir tem atualmente 22 pacientes. Cada quarto conta com seis pessoas. Apesar de atender pacientes do SUS, é possível conseguir vagas particulares mediante pagamento mensal.
Terapia ocupacional
Afastados da vida em sociedade e, portanto, distantes do contato com as drogas e o álcool, a rotina dos internos voluntários é baseada nos 12 passos dos Alcoólicos Anônimos (AA). A abordagem inclui três fases: desintoxicação, conscientização e reintegração social. As visitas só são permitidas após um mês, já as saídas (exceto as por motivo médico) acontecem após seis meses. Depois de um semestre, os internos passam uma semana em casa na companhia dos familiares. Este é o primeiro contato deles com o mundo exterior e com mais liberdade. Mas antes disso, sempre no terceiro domingo do mês, é feita a reintegração social do usuário, onde familiares visitam a comunidade.
Para mostrar como funciona o tratamento e as histórias de quem optou por buscar ajuda para sair do mundo da drogas, a reportagem do Diário Popular visitou um dos três centros de reabilitação de dependentes químicos da região de Rio Grande - a Comunidade Terapêutica Prosseguir. Localizada na Ilha dos Marinheiros, a unidade de tratamento alternativo trabalha especificamente com o público masculino.
O funcionamento da comunidade é mantido através de convênios com o governo federal, estadual e municipal. Pelo SUS são oferecidas 15 vagas, com a prefeitura e a Secretaria Nacional Antidrogas outras cinco. Com capacidade para 30 internos, a Prosseguir tem atualmente 22 pacientes. Cada quarto conta com seis pessoas. Apesar de atender pacientes do SUS, é possível conseguir vagas particulares mediante pagamento mensal.
Terapia ocupacional
Afastados da vida em sociedade e, portanto, distantes do contato com as drogas e o álcool, a rotina dos internos voluntários é baseada nos 12 passos dos Alcoólicos Anônimos (AA). A abordagem inclui três fases: desintoxicação, conscientização e reintegração social. As visitas só são permitidas após um mês, já as saídas (exceto as por motivo médico) acontecem após seis meses. Depois de um semestre, os internos passam uma semana em casa na companhia dos familiares. Este é o primeiro contato deles com o mundo exterior e com mais liberdade. Mas antes disso, sempre no terceiro domingo do mês, é feita a reintegração social do usuário, onde familiares visitam a comunidade.
Fonte: Diário Popular - Por: Andressa Barbosa
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
É POSSÍVEL VENCER!!!
Dados alarmantes apontam o Brasil como o segundo maior consumidor de
cocaína e derivados do mundo. Segundo o Levantamento Nacional de Álcool
e Drogas (Lenad), realizado pela Universidade Federal de São Paulo
(Unifesp) e divulgado nesta quarta-feira (5), nosso país está atrás
apenas dos Estados Unidos. O estudo também mostra que o Brasil responde
hoje por 20% do mercado mundial da droga.
Ao todo, pelo menos 6 milhões de brasileiros já usaram cocaína pelo menos uma vez. Quanto ao crack, 2 milhões de brasileiros admitem já ter fumado pelo menos em uma oportunidade. Os números assustam e ressaltam a importância de apostar em iniciativas que auxiliem no combate à epidemia da drogadição.
Informações como estas destacam ainda mais a importância das ações integradas do governo federal e do governo do Estado para enfrentar o crack e outras drogas. Um exemplo deste esforço é a campanha Crack É Possível Vencer, iniciativa que está estruturada em três eixos: cuidado, autoridade e prevenção.
Aumentar a oferta de tratamentos de saúde e ampliar as ações de prevenção são responsabilidades dos governantes, mas a sociedade também precisa ser protagonista no combate às drogas. É possível sim vencer essa luta, que é de todos os brasileiros e brasileiras.
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