terça-feira, 12 de outubro de 2010

Miriam Marroni busca parceria com Defensoria Pública para agilizar os encaminhamentos de internação compulsória


 A presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Segurança da Câmara de Vereadores de Pelotas e recém eleita Deputada Estadual, Miriam Marroni (PT), volta com força total a trabalhar em suas pautas, após uma semana de intensa agenda de entrevistas sobre sua expressiva votação no pleito de 2010 e suas propostas para o próximo mandato na Assembleia Legislativa. Mesmo sem atividades na Casa do Povo - devido ao feriado desta terça-feira e ponto facultativo - Miriam se reuniu, na tarde de ontem (11), com a defensora pública, Patrícia Alcântara, para pedir informações sobre o andamento dos pedidos de internação a dependentes químicos encaminhados pela Comissão.
A vereadora foi acompanhada por uma integrante do Grupo Mães contra o Crack, Sílvia Taborda, e pela estagiária da Comissão de Direitos Humanos, Paula Ferreira Pereira, responsável pelo atendimento e encaminhamento de cada soliciatação. "Estamos fazendo três a quatro novos atendimentos por semana", informou Míriam à defensora pública. "Já estamos com cerca de 90 mães cadastradas no movimento, que começou com 60", observou Paula. As mães procuram o grupo para se engajar na luta por leitos em hospital geral, pronto-socorro psiquiátrico, comunidades terapêuticas, requalificação do Caps e quotas para vagas de qualificação profissional e programas, políticas públicas de reserva de vagas no mercado de trabalho para ex-dependentes químicos em tratamento.

Paula Pereira, Sílvia Taborda, Miriam Marroni e Patrícia Alcântara
A defensora explicou que não há outra maneira, a não ser com ação ingressada na Defensoria Pública, para a internação compulsória (aquela em que o paciente não quer ser internado), que é a maioira dos casos, principalmente solicitados pelas mães. Então, a ação tramita em uma Vara de Família, onde um juíz decide pela internação, de 30 dias, para desintoxicação. "O fato é que ao passar desse período, os juízes entendem que - desintoxicados - os pacientes já têm consciência própria para se responsabilizar pelos seus atos, inclusive, vontade própria para solicitarem um pós-tratamento, também judicialmente", explicou. "Mas qualquer profissional da área médica, sabe que não é bem assim", destacou a vereadora e também psicóloga, Miriam Marroni. "Mas é muito importante para nós sabermos e podermos informar às mães que, ao término da internação, o próprio paciente tem de ser o autor da ação judicial para dar continuidade ao tratamento", avaliou.
De qualquer forma, as vagas não são suficientes e o tratamento existente na atualidade não é apropriado para dar conta da crescente demanda de usuários de crack. "Nos últimos três anos, já são predominantes as ações ingressadas na defensoria são referentes ao pedido de tratamento para dependentes, são seis ou sete novos processos a cada semana", comentou Patrícia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário