Mães brasileiras contra o crack
Mulheres que sofrem com o vício dos filhos e unem em movimentos pelo país.
Mães Contra o Crack em protesto silencioso: correntes simbolizam ato desesperado de mães que acorrentam os filhos para que eles não saiam de casa em busca da droga. (Cortesia do Gabinete de Miriam Marroni)
PORTO ALEGRE, Brasil – O envolvimento do filho com o crack fez a dona de casa Vani Pereira Camacho, 64 anos, passar por momentos de desespero e solidão.
“Quando estamos numa situação desse tipo, somem parentes e amigos, ficamos sozinhos. Só a gente e Deus”, diz Vani.
Sem saber como agir, Vani resolveu procurar famílias que viviam o mesmo drama. Foi quando ela conheceu o movimento Mães Contra o Crack, de Pelotas, no Rio Grande do Sul.
O auxílio foi valioso. Vani obteve a orientação necessária para buscar recursos para o tratamento do filho.
“Consegui resolver muitas coisas que não sabia”, diz a dona de casa, que mora em Pelotas. “Hoje meu filho está em recuperação e tem se saído muito bem.”
Mesmo com o filho em tratamento, Vani não se afastou do grupo. Ela agora faz questão de retribuir a ajuda que recebeu.
Além de orientar outras mães, Vani participa de palestras, em escolas, comunidades e igrejas, sobre os perigos do uso da pedra.
A prevenção é justamente uma das principais preocupações do Mães Contra o Crack, que já conta com 80 participantes.
O movimento foi criado em 2009 por Miriam Marroni, secretária geral do governo do Rio Grande do Sul. Naquele ano, Miriam era presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Segurança da Câmara de Vereadores de Pelotas e recebia em seu gabinete inúmeros pedidos de ajuda para internação.
Caminhada com correntes
As Mães Contra o Crack conseguiram chamar atenção para o movimento ao reinvidicar melhores condições de tratamento com protestos silenciosos, em que sempre aparecem acorrentadas. As correntes são uma alusão ao ato desesperado de mães que acorrentam seus filhos em casa para que eles não voltem às ruas em busca de crack.
O grupo entregou ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em maio de 2011, uma carta com uma lista de pedidos:- Leitos em hospitais gerais;
- Plantão psiquiátrico 24 horas nos Centro de Atenção Psicossocial para atendimento de pacientes com transtornos decorrentes do uso e dependência de álcool e outras drogas (CAPs-AD);
- Melhores condições de atendimento dos CAPS-AD;
- Comunidades terapêuticas via Sistema Único de Saúde;
- Cursos profissionalizantes para dependentes químicos em recuperação at the CAPs-AD.
Meu nome é Lúcia Peres, sou terapeuta e disponho de todas as segundas para servir ao meu próximo e me coloco à disposição. Meus celulares são 8129 2797/ 8418 9906 ou 91547798.
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Eu Sou Lúcia